quarta-feira, dezembro 27, 2006

RÁDIOS LOCAIS VERSUS NACIONAIS

Se pensarmos que em Rádio, tudo é possível estamos enganados. Algumas coisas são possíveis, outras impensáveis.
A teoria da gap hypothesis ou diferencial de conhecimento alerta para o fosso entre pobres e ricos em informação. Alerta para a importância da proximidade que deve ser tida em conta, para atrair diferentes públicos, resultantes de estruturas socio económicas distintas.
Desta forma, nas rádios locais devemos apostar na proximidade. Ou seja, conquistar todos os tipos de públicos tendo em conta o que procuram na rádio.
As pessoas com um status socio económico elevado ouvem a TSF e a Renascença para saberem a informação. Quanto à música ouvem a RFM e a Comercial, mas ouvem a nível local a Hertz, a Cidade de Tomar...
O que leva os ricos em informação a ouvir as rádios locais?
Para além, de querem saber o que se passa nas suas terras, querem perceber as atitudes dos protagonistas. E conseguem descodificar a mensagem subjacente à elaboração de cada notícia.
Já os pobres em informação preferem as rádios locais, para aceder à informação. Quanto a rádios nacionais, a escolha é a Renascença, porque têm uma relação de fidelidade histórica (RR começou a emitir em 1938).
Se a rádio souber apostar no factor proximidade pode atingir a importância que detinha nos anos 20, mas nessa altura era a época dourada da rádio espectáculo.
Hoje, a rádio vive o el dourado informativo ,mas deve apostar muito mais na relação ouvinte- rádio para aumentar a sua grandeza.